DIÁLOGO INTERCULTURAL E CULTURA DE PAZ COMO ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO PARA CRIANÇAS REFUGIADAS
DOI:
https://doi.org/10.35626/sapientia.11.6.114Palabras clave:
International Law, Refugee Law, children, intercultural dialogue, culture of peaceResumen
Este artigo tem como objetivo analisar, dentro da condição do refúgio, um grupo específico que padece de uma invisibilidade ainda maior: as crianças refugiadas. Por serem normalmente vistas apenas como parte da unidade familiar, suas necessidades individuais são frequentemente ignoradas a exemplo do seu processo de adaptação na nova sociedade. Neste contexto, as escolas apresentam-se como locais de suma importância, mas, não raro, se observam dificuldades de integração entre as crianças refugiadas e os demais membros da comunidade, fazendo com que elas ainda se sintam deslocadas. Para lidar com esta questão, este artigo se dedica à análise dos conceitos de diálogo intercultural e cultura de paz com o intuito de compreender de que modo estratégias planejadas em torno destes dois pilares são fundamentais para garantir uma integração saudável das crianças refugiadas ao seu novo ambiente educacional. A metodologia do trabalho traz uma combinação de análise documental com revisão da literatura e a avaliação de três estudos de caso. Os resultados comprovaram que, apesar de ainda ser necessário uma revisão dos documentos internacionais para garantir uma maior proteção às crianças refugiadas, os projetos escolares que se focaram em promover o diálogo intercultural e a cultura de paz não só foram bem-sucedidos em gerar uma atmosfera de empatia e convivência pacífica como também proporcionaram uma experiência pedagógica mais significativa para todos os participantes.
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